Na Dissertação de Mestrado Teatro e tensões culturais em São Paulo nos anos 1950 e 1960: Os primeiros anos do Teatro Oficina e a censura, Lucio Manoel Bonfanti Arantes investigou a trajetória da companhia criada por José Celso Martinez Correa ao mesmo tempo em que analisou a cena teatral na cidade de São Paulo. A pesquisa buscou compreender a formação do grupo Oficina e o seu desenvolvimento na cena teatral paulista concomitante ao processo de renovação dos palcos. Naquele momento, a cena amadora e profissional era estimulada por meio das políticas de incentivo ao teatro.
A dissertação também investiu em uma leitura etnográfica da censura, ao realizar um estudo de caso em torno da montagem da peça Os Inimigos, de Gorki, encenada pelo grupo em 1966. Neste quadro marcado por tensões culturais, a companhia de José Celso criou mecanismos estéticos, teóricos e artísticos para responder aos atos censórios, rompendo com o teatro tradicional e assumindo uma posição engajada em diálogo com a realidade social brasileira.
As fontes que possibilitaram a análise foram os documentos da censura do fundo Miroel Silveira no Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP), a imprensa do período, bem como a documentação do fundo Teatro Oficina depositada no Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), na Unicamp.
Título: Teatro e tensões culturais em São Paulo nos anos 1950 e 1960: Os primeiros anos do Teatro Oficina e a censura
Dissertação de Mestrado em História - IFCH-Unicamp
Autor: Lucio Manoel Bonfanti Arantes
Orientador: Rodrigo Camargo de Godoi
Data da defesa: 30 jun. 2021
